ZUMBIIDO
NOSSA
COMUNIDADE
BLOCO PRETO
ZUMBIIDO AFROPERCUSSIVO
ZUMBIIDO é Kanda. Afroascendente por essência, da diáspora africana, organizada desde 2007. É a união de homens pretos e mulheres pretas. Em seu sopro primeiro é a verbalização do levante do povo preto ao reconhecer-se como desdobramento e ressonância do legado do imortal líder revolucionário, Honorável Rei Zumbi de N'gola Janga (Palmares).
É espírito, corpo e mente autônomo e agente, que é construída e constrói, é organização e organiza, é mantida e mantém, é frequentada e frequenta, é promovida por e promove suas células, as pessoas pretas e é experiência e assunto próprio delas.
Neste espaço, trata-se do exercício da consciência, da identidade, da cura à partir da força, da proteção à partir do compromisso, do cuidado à partir da auto-responsabilização, da construção e manutenção de nossa intersubjetividade, da contracolonização de mentes e corpos diante de um mundo que odeia pessoas pretas e se organiza para exterminá-las.
Bloco Preto ZUMBIIDO AFROPERCUSSIVO é um grupo percussivo com propósito de consolidação da cultura preta somente para pessoas pretas; é um espaço de reflexão e vivência acerca dos saberes e fazeres da cultura africana.
É um núcleo de práticas que dissemina a cultura através da linguagem da música percussiva, do canto e da dança a fim de estabelecer um processo de interesse, não somente nas festividades, mas também na consciência racial, política e cultural da comunidade preta. Desenvolvendo assim, um ambiente de construção e troca de ideias, pesquisa e resgate destas tradições que colabora para a construção do levante da nação preta.
CORTEJO PRETO 2023
O CORTEJO
Z'MUKANDA
Vestimos um sonho mas nunca uma fantasia.
Em nossa casa dizemos "imaginar é o primeiro passo" porque tudo ocorre em Ori antes de vir ao mundo.
Construímos incessantemente imagens de tudo aquilo que queremos realizado. Não há nada mais urgente a ser construído se não a união preta como povo - é esta a nossa ideia de restabelecimento de poder, a auto-imagem.
Neste dia vestimos a vitória dos exércitos pretos, cantamos nossa espiritualidade, dançamos a liberdade das crianças pretas, tocamos as re-existências de nossos ancestrais. Ventilamos o futuro ao celebrar os feitos, frutos e vitórias do ano através da união de nossa comunidade. Desfilamos para nosso povo o testemunho de que entre pretas e pretos, pensando raça primeiro, tudo é possível - Estando orgulhosos pelo que se fez e provocados para o que ainda não se fez.
Antes de ir à rua, fomos uma casa cujo quintal foi salvo - nosso chão não é poeira. Muito foi sonhado e organizado por estas pessoas. Tudo o que se vê neste dia foi imaginado, semeado, executado, repetido, mantido, patrocinado por homens e mulheres pretas de propósito.
Suas famílias de sangue, seus filhos, pais e avós, seus amigos e parceiros estiveram juntos. A vontade foi cultuada para o caminho que ninguém caminha.
Mukanda Cortejo Preto 2023 aconteceu em São Paulo-SP, no Largo do Paissandu às 13H00 do dia 18 de Fevereiro de 2023.
"Para nós, Mukanda ou Quilombo não é só sinônimo de lugar físico.
Além de terra, Mukanda é um processo iniciático e de passagem. Um constante desenvolvimento e de formação de identidade pessoal e coletiva.
Mukanda nos prepara para interiorizar os valores de nossos ancestrais conforme nossa personalidade. Nos coloca no caminho da Comunidade.
Quem está em fuga jamais chegará a um Quilombo. Quem busca um Quilombo sabe exatamente onde quer chegar".
Abrimos a celebração de nossos ciclos ao povo preto!
CORTEJO PRETO 2020
O CORTEJO
Vestimos um sonho mas nunca uma fantasia.
Em nossa casa dizemos "imaginar é o primeiro passo" porque tudo ocorre em Ori antes de vir ao mundo.
Construímos incessantemente imagens de tudo aquilo que queremos realizado. Não há nada mais urgente a ser construído se não a união preta como povo - é esta a nossa ideia de restabelecimento de poder, a auto-imagem.
Neste dia vestimos a vitória dos exércitos pretos, cantamos nossa espiritualidade, dançamos a liberdade das crianças pretas, tocamos as re-existências de nossos ancestrais. Ventilamos o futuro ao celebrar os feitos, frutos e vitórias do ano através da união de nossa comunidade. Desfilamos para nosso povo o testemunho de que entre pretas e pretos, pensando raça primeiro, tudo é possível - Estando orgulhosos pelo que se fez e provocados para o que ainda não se fez.
Antes de ir à rua, fomos uma casa cujo quintal foi salvo - nosso chão não é poeira. Muito foi sonhado e organizado por estas pessoas. Tudo o que se vê neste dia foi imaginado, semeado, executado, repetido, mantido, patrocinado por homens e mulheres pretas de propósito.
Suas famílias de sangue, seus filhos, pais e avós, seus amigos e parceiros estiveram juntos. A vontade foi cultuada para o caminho que ninguém caminha.
O EXÉRCITO NZ'AHOSI
Nada do que fazemos começou agora.
Nossos antepassados, nossos ancestrais entregaram seus destinos para que chegássemos até aqui. Então evocamos sua força à cada ciclo.
As guerreiras Fon, as Agondjié AHOSI foram a inspiração para este ciclo.
"Agondjié" - "Saia da frente" e "Mino Ahosi - "nossas mães, esposas do Rei" - conhecidas pela habilidade, agressividade e letalidade na defesa do Reino do Daxomey.
Este regimento tinha um status de semi-sagrado que se mistura com a crença Fon nos Voduns.
Dahomey e Brasil se fundem através da chegada de uma rainha escravizada que cultuava reis mortos: Nã Agotimé - A vida que se tornou a Casa das Minas do Maranhão e o culto a Vodun.
CORTEJO PRETO 2019
O EXÉRCITO NZ'MASSAI
Recobrar valores civilizatórios que nos deem base para construir nossa libertação.
O povo Massai (entre Quênia e Tanzania), foi nossa inspiração para este ciclo.
Guardiões da cultura tradicional, atentos à economia e política globais. Enkai é o seu único Deus - que é guardião da chuva, da fertilidade, do Sol e do amor, aquele que deu o gado ao povo Massai. São diversos os seus ritos de passagem, cerimonias de iniciações que transformam o papel do indivíduo Massai durante sua vida em comunidade.
Viver e pensar em comunidade é imprescindível para este povo. Nada se decide sem que Laibon (a figura do líder espiritual) intervenha. Os Massai são nômades e sua economia é baseada na criação de gado - o que determina sua classe social dentro da Enkang.
São referência estética muito conhecida globalmente exatamente pelo seu apego à manutenção das tradições. O uso de seu pano vermelho e dos colares de miçangas os torna inconfundíveis.